As secretarias municipais de Assistência Social e Saúde montaram um
plano para enfrentar os problemas causados pelo crack. A estratégia de
ação, que receberá recursos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack
e Outras Drogas, lançado pelo governo federal, em maio do ano passado, é
montar uma Casa de Acolhimento Transitório para Usuários de Crack.
O programa será iniciado em julho e, segundo o secretário de Assistência
Social, Michel Saad, a Casa de Acolhimento será gerida por uma comissão
recém nomeada. “Estamos transferindo o Banco de Alimentos da Rua Padre
Anchieta, para o prédio da Rodoviária Roberto Silveira e vamos, em
conjunto com a Secretaria de Saúde, dar ali atendimento para os usuários
de crack”, disse Michel Saad.
Segundo o secretário, além dos usuários de crack o objetivo da
Secretaria de Assistência Social é garantir o atendimento para criança,
adolescente, idosos e deficientes. “Todos estão na nossa meta, para
fazer o máximo que puder, dentro daquilo que a legislação permite e dos
recursos que o governo federal mandar para o município. Vou exigir a boa
aplicação do dinheiro público e total rigor na aplicação da verba, para
garantir a verdadeira política para quem mais precisa”, enfatizou
Michel Saad.
De acordo com Michel Saad, o aumento da população de rua no município é uma realidade.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que atualmente cerca de 300
pacientes recebem tratamento regular para dependência química,
incluindo a de crack, no município. A cidade, que este ano recebeu R$
530 mil do Ministério da Saúde, para o combate ao crack e outras drogas,
conta com apenas 13 leitos para internação de dependentes adultos no
Hospital Psiquiátrico de Jurujuba. Além de desenvolver cinco projetos no
Programa de Atenção aos Usuários de Álcool e Outras Drogas, sediado no
Centro de Atenção Psicossocial Alameda (Caps AD), no Fonseca. No
entanto, a rede ainda não consegue suprir totalmente a demanda.
“Por semana temos cerca de seis novos casos de dependentes que buscam
tratamento. Embora o álcool ainda seja o maior problema, no último ano
observamos um aumento de aproximadamente 25% nos dependentes de crack”,
explicou Maria Alice Bastos Silva, coordenadora do Caps AD, que traçou
um perfil dos usuários de crack na cidade: “Geralmente são adultos
jovens de classe média baixa. Eles normalmente utilizam o crack
associado a outras drogas como a maconha e o tíner (solvente). Menos de
10% utilizam somente crack”.
Fonte: A Tribuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário