segunda-feira, 30 de abril de 2012

Abrigo para usuários de crack em Niterói

As secretarias municipais de Assistência Social e Saúde montaram um plano para enfrentar os problemas causados pelo crack. A estratégia de ação, que receberá recursos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado pelo governo federal, em maio do ano passado, é montar uma Casa de Acolhimento Transitório para Usuários de Crack.
O programa será iniciado em julho e, segundo o secretário de Assistência Social, Michel Saad, a Casa de Acolhimento será gerida por uma comissão recém nomeada. “Estamos transferindo o Banco de Alimentos da Rua Padre Anchieta, para o prédio da Rodoviária Roberto Silveira e vamos, em conjunto com a Secretaria de Saúde, dar ali atendimento para os usuários de crack”, disse Michel Saad.
Segundo o secretário, além dos usuários de crack o objetivo da Secretaria de Assistência Social é garantir o atendimento para criança, adolescente, idosos e deficientes. “Todos estão na nossa meta, para fazer o máximo que puder, dentro daquilo que a legislação permite e dos recursos que o governo federal mandar para o município. Vou exigir a boa aplicação do dinheiro público e total rigor na aplicação da verba, para garantir a verdadeira política para quem mais precisa”, enfatizou Michel Saad.
De acordo com Michel Saad, o aumento da população de rua no município é uma realidade.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que atualmente cerca de 300 pacientes recebem tratamento regular para dependência química, incluindo a de crack, no município. A cidade, que este ano recebeu R$ 530 mil do Ministério da Saúde, para o combate ao crack e outras drogas, conta com apenas 13 leitos para internação de dependentes adultos no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba. Além de desenvolver cinco projetos no Programa de Atenção aos Usuários de Álcool e Outras Drogas, sediado no Centro de Atenção Psicossocial Alameda (Caps AD), no Fonseca. No entanto, a rede ainda não consegue suprir totalmente a demanda.
“Por semana temos cerca de seis novos casos de dependentes que buscam tratamento. Embora o álcool ainda seja o maior problema, no último ano observamos um aumento de aproximadamente 25% nos dependentes de crack”, explicou Maria Alice Bastos Silva, coordenadora do Caps AD, que traçou um perfil dos usuários de crack na cidade: “Geralmente são adultos jovens de classe média baixa. Eles normalmente utilizam o crack associado a outras drogas como a maconha e o tíner (solvente). Menos de 10% utilizam somente crack”.

Fonte: A Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário